História de Nosso Município

10/05/2011 20:33

Município da região Metropolitana de Fortaleza, microrregião Fortaleza. Desmembrada de Pacatuba em 27/03/1992 através da Lei nº .338/92, está a 60m de altitude, 25 Km distante de Fortaleza e em 2007 o IBGE estima a sua população em 31.107 habitantes.

Na linguagem indígena, itaitinga significa "rio das pedras brancas".

O povoado começou com o nome de Vila Gereraú, isso em 1930 com a chegada das primeiras famílias: Cavalcante, Honório, Camarão, França e Pinheiro.
O município tem 154 Km², está ligado através da BR-116 e da estrada Itaitinga-Carapió, via Pacatuba.

Itaitinga foi desmembrada de Pacatuba e sua emancipação política ocorreu em 27 de Março de 1992, através da Lei de Criação n.° 3338/92. Falar de sua história é algo um tanto difícil, já que não se encontra nada em bibliotecas que facilitem a pesquisa.

A Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Itaitinga iniciou agora, em 2006 um trabalho de pesquisa, entrevistando pessoas mais velhas, antigos moradores, e recorremos a trabalhos escolares feitos por jovens que também pesquisaram.

O resultado está aí, ainda sujeito a acréscimos e correções, sem termos a pretensão de dizer que este é um trabalho pronto e acabado. Quem tiver informações e fotografias que possam ajudar a compor esta história, pode entrar em contato conosco, pelos nossos telefones ou fazer o envio pelo endereço eletrônico.

O nome, Itaitinga, tem origem Tupi, que significa (Ita + y + tinga) Rio das Pedras Brancas. Na década de 1930 foram chegando a Itaitinga as primeiras famílias que habitaram nossas terras. Estas famílias eram os Cavalcante, Honório, Camarão, França e Pinheiro, que foram chegando e habitando o que na época se chamava Vila Gereraú. A ocupação foi desordenada, resultando ainda hoje numa cidade sem grandes avenidas, mas com ruas tortuosas e estreitas, pequenos becos. A primeira entrada para a vila a ser aberta foi onde hoje está a Av. Cel. Virgílio Távora. Era uma via estreita que não permitia a passagem de veículos.

O então DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem tinha em Itaitinga uma Residência, com uma pedreira, próxima a atual Estrela Britagem. Esta Residência do DNER era chefiada pelo Dr. Afonso Albuquerque Pequeno, que providenciou o alargamento da via que mais tarde se transformou em Av. Cel. Virgílio Távora.

Mais tarde ele viria a abrir também outra avenida, a que veio a se chamar Lídia Alves Cavalcante e que ligava a BR-116 até a Residência do DNER, para permitir o escoamento das pedras extraídas da pedreira do DNER.

Existiam, na década de 30, poucas casas, distantes umas das outras, construídas com tijolos, taipas, algumas tendo como cobertura, palhas de coqueiro. O transporte coletivo existente e que funcionava duas vezes por semana, servindo ao transporte das pessoas, era o “misto”, um caminhão adaptado, com uma grande cabine para o transporte de pessoas e carroceria para o transporte de carga, mas que acabava levando também pessoas. Este único veículo funcionava as segundas e sextas-feiras, e era propriedade da família Camarão. Muita gente usava como meio de transporte o cavalo, jumento, carroças e charretes, ou locomovia-se a pé.

A energia elétrica era gerada por um motor doado pelo DNER, e que foi instalado com a ajuda da família Honório. Este motor funcionava da hora que escurecia até aproximadamente 22:00 h quando era desligado até o dia seguinte.

A água era outro tormento para a população, só existia em um pequeno olho d´água, ou em Pacatuba, no Açude Piripau, onde muitas mulheres aproveitavam suas viagens e levavam roupas para lavar. No final da década de 30 o DNER cavou alguns poços profundos amenizando parte do problema.

O mercado de trabalho era insignificante. Havia a agricultura de subsistência, a extração de pedras e o artesanato. O excedente da agricultura de subsistência era negociado entre vizinhos. Na extração de pedra trabalhava toda a família, homens, mulheres e até crianças, situação que perdurou até muito pouco tempo, com o município já emancipado. No artesanato destacava-se o trabalho das mulheres, com rendas, bordados e artefatos de palha. O primeiro comércio que surgiu era propriedade da família Honório, logo seguido de muitos outros.

A única escola existente era o Grupo Escolar, localizado onde hoje está o Galpão dos Feirantes, atrás do Mercado Central de Abastecimento. Sua professora e diretora era a D. Laura da Costa Lima. Atualmente há uma escola municipal com o seu nome, localizada no Parque Santo Antônio. Depois surgiu a Escola da Cooperativa dos Rodoviários, conveniada com o DNER, mas lá só podiam estudar os filhos dos funcionários.
Não havia postos de saúde ou hospitais. O único médico, Dr. Bruno, fazia partos e medicava com remédios homeopáticos, muitos à base de ervas medicinais facilmente encontradas na localidade.

Quase tudo o que foi surgindo e que se pode chamar de progresso da localidade foi esforço da sociedade, sem muita interferência do Poder Público, ainda muito ausente. Desta forma, a família Cavalcante doou o terreno para a construção da primeira igreja, localizada onde se ergue hoje a igreja matriz. A energia elétrica veio por esforço conjunto da mesma família com a Prefeitura de Pacatuba, à quem nossa vila estava politicamente vinculada. O cemitério foi construído em terreno doado pela família de Antônio Miguel.

Pontos Turísticos


Itaitinga ainda precisa aproveitar melhor o seu potencial turístico e o fato de estar situada entre a região de praias e a serra de Baturité. Passagem obrigatória de turistas que se deslocam das praias para a serra e vice-versa, nosso município tem belezas e atrativos para fazer parar aqui o turista que se desloca.
Seu povo é acolhedor, sua situação geográfica é privilegiada e tem muito a exibir. A praça da Matriz é visita obrigatória, um cartão postal, toda em pedra portuguesa, arborizada com belos ipês, acácias e catingueiras, todas de bela floração. Vale uma visita à sua igreja de arquitetura moderna, em forma de cruz com um sino de agradável sonoridade, doado por comunidades católicas da Alemanha.
Ainda na praça, o Centro Municipal de Abastecimento, ou Mercado Central, tem belos atrativos. Seu dia de mais intensa movimentação é o domingo, quando ocorre a feira semanal, pela manhã. Pequenos produtores trazem feijão, milho, aves e pequenos animais, que se misturam às barracas de roupas, artesanatos, objetos de barro, móveis e muito mais, que merece uma parada para uma visita com atenção.

O Mercado Central, no andar de baixo oferece em seus boxes, comidas e a venda diária de carnes, aves, e merendas diversas. No andar superior, lojinhas de presentes, pequenas lembranças e o boxe da APACI, a Associação dos Produtores de Artesanato e Confecção de Itaitinga.

Saindo pelos fundos do Mercado Central, passa-se através do seu galpão coberto e entra-se na Área de Proteção Permanente da Lagoa de Itaitinga. Sua entrada é feita através de um portal, ladeado por dois cedros imponentes e centenários. A lagoa, em plena zona urbana proporciona um bom banho e a pesca de anzol é permitida, havendo muito cará, tambaqui, mussum e traíra. A mata ciliar está sendo recomposta depois de anos de descaso.
A Serra de Itaitinga é quase toda devastada pela atividade predadora de extração mineral. A brita que abastece o mercado da construção civil da região é retirada da serra do município. No entanto, há na sua parte norte um serrote denominado de Ponta da Serra, ainda inexplorado. Ele exibe mata nativa do bioma Caatinga, muitas aves silvestres, répteis, roedores e pequenos animais como raposas, guaxinins e tamanduás. Na Ponta da Serra há trilhas que levam a um mirante (antigo britador) de onde se descortina bela vista.
No pico, onde há um cruzeiro, avista-se Fortaleza. Há muitas grutas e cavernas de rara beleza.

No distrito do Gereraú, há a opção de banho e diversão na Lagoa do Gereraú, onde há o empreendimento denominado Lagoa do Lazer que promove muito forró e boa comida durante todo o dia de domingo. A lagoa é bem preservada e de admirável beleza.

Já para o lado sul, chegamos ao Riachão onde temos a opção de visitarmos o açude do mesmo nome e o Centro Pe. Piamarta que oferece parque aquático, pesque-pague, piscinas, duchas naturais, quadras de esporte (inclusive golfe), bom restaurante. O Centro Pe. Piamarta dispõe de grande e confortável auditório para eventos e apartamentos.